Olá pessoal!!!
Hoje vamos falar de
um dos temperos que gera muitas discussões. Uns a amam, outros abominam. Eu,
particularmente, amo. Sou um grande amante de comidas apimentadas. Hoje vou
deixar algumas variedades e algumas curiosidades sobre este tempero tão quente.
Assim como o
chocolate, a batata o milho e o tomate, a pimenta vermelha é originária da
América. Os europeus (e o resto da humanidade!) só a conheceram depois de
Colombo.
A pimenta é o tempero mais utilizado no mundo
depois do sal. Cerca de ¼ da população mundial consome pimenta regularmente.
Os registros mais
antigos de cultivo de pimenta datam de 7.00 a.C. no México.
Foram os europeus,
através da rotas das Grandes Navegações, que difundiram a pimenta pelo mundo.
Os chineses do século
XVI (época da dinastia Ching) usavam chá de pimenta em cirurgias de remoção do
órgão genital masculino. Após fazer um torniquete para adormecer o local e
reduzir a hemorragia, os cirurgiões davam uma xícara de ópio para o futuro
eunuco e, em seguida, banhavam a genitália com o chá de pimenta. O formigamente
e a ardência ajudavam a diminuir a dor durante a extração do órgão.
A pimenta deve ser
realmente um alimento milagroso. Segundo a crença popular, a pimenta é um
excelente auxiliar no tratamento de artrite, catarata, gripes, resfriados,
dores de cabeça, diabetes e infecções.
O fato é que a
pimenta é extremamente nutritiva. Contém vitamina A, B e C, além de grande
quantidade de magnésio, potássio, ferro e aminoácidos. É um dos alimentos mais
ricos em betacaroteno, um excelente antioxidante. Ela contém seis vezes mais
vitamina C do que uma laranja. Então em caso de resfriado, pimenta nele!!
Outro fato: a pimenta
ajuda a fortalecer o sistema imunológico e é um excelente auxiliar na
cicatrização de feridas abertas.
E por que as pimentas
ardem? Por causa de uma substância alcalóide chamada capsaína, que estimula as
células nervosas da boca, provocando a incômoda sensação de ardor. Pouca gente
sabe, mas existe uma unidade de medida do ardor da pimenta, chamada de Unidade
de Calor Scoville (SHU), ela identifica as pimentas mais ardidas que existem no
mundo.
Aliás, sabe qual a
pimenta mais ardida do mundo? É a naga joloka, um tipo de pimenta encontrada em
Bangladesh, Sri Lanka e Índia. O poder de fogo da naga é 855 mil SHU. Só para
efeito de comparação, o segundo lugar fica com a norte-americana red savina
habanero, com 580 mil SHU. A brasileiríssima (e ardidíssima!) malagheta tem
“apenas” 200 mil SHU de poder.
A escala SHU foi
criada pelo norte-americano Wilbur Scoville. Ele inventou um método para medir
a ardência diluíndo o extrato de pimenta em água. Se uma determinada pimenta
recebe mil pontos, isso significa que são necessárias mil partes de água para
anular uma parte do seu ardor. Imagine, agora, a quantidade de água necessária
para anular o ardor da naga joloka.
Como eliminar o ardor
da pimenta? Em primeiro lugar, é preciso deixar claro que ele não irá
desaparecer num passe de mágica e que água não vai ajudar muito. As substâncias
ideais para afastar o ardor seriam a gordura (como a do leite integral), o
ácido (como o do limão) e o açúcar. Importante: elas tem que ser frias.
Portanto, coma algo gelado, gorduroso e doce como uma sobremesa láctea (pudim
de leite, sorvete, iogurte com frutas…) que o ardor passará… ou pelo menos
diminuirá.
Os maiores
consumidores de pimenta do mundo são os tailandeses e os coreanos.
A presença da pimenta
na culinária mexicana é também muito forte. Aliás, a culinária desse país é
conhecida por seu ardor. Os mexicanos usam pimentas em tacos, burritos,
tortillas, chilis e… até em balas e pirulitos!
O maior produtor
brasileiro de pimenta é o estado do Rio Grande do Sul.
Você sabia que é
possível preparar doce de pimenta dedo-de-moça? Quem experimentou, diz que é
realmente gostoso.
A última curiosidade:
o famoso spray de pimenta - muito utilizado pela polícia de vários países - é
produzido com a pimenta dorset naga.
Segundo o médico
homeopata Marcio Bontempo, autor do livro Pimenta e seus Benefícios à Saúde,
além dos princípios ativos capsaicina e piperina, o condimento é muito rico em
vitaminas A, E e C, ácido fólico, zinco e potássio. Tem, por isso, fortes
propriedades antioxidantes e protetores do DNA celular. Também contém
bioflavonóides, pigmentos vegetais que previnem o câncer.
Graças a essas
vantagens, a planta já está classificada como alimento funcional, o que
significa que, além de seus nutrientes, possui componentes que promovem e
preservam a saúde. Hoje ela é usada como matéria-prima para vários remédios que
aliviam dores musculares e reumatismo, desordens gastrintestinais e na
prevenção de arteriosclerose.
Apesar disso, muitas
pessoas ainda têm receio de consumi-la, pois acreditam que possa causar mais
mal do que bem. Se você é uma delas, saiba que diversos estudos recentes têm
revelado que a pimenta não é um veneno nem mesmo para quem tem hemorróidas,
gastrite ou hipertensão.
DOENÇAS QUE A PIMENTA
CURA E PREVINE
Baixa imunidade - A
pimenta tem sido aplicada em diversas partes do mundo no combate à aids com
resultados promissores.
Câncer - Pesquisas
nos Estados Unidos apontam a capacidade da capsaicina de inibir o crescimento
de células de tumor maligno na próstata, sem causar toxicidade. Outro grupo de
cientistas tratou seres humanos portadores de tumores pancreáticos malignos com
doses desse mesmo princípio ativo. Depois de algum tempo constataram que houve
redução de 50% dos tumores, sem afetação das células pancreáticas saudáveis ou
efeitos colaterais. Já em Taiwan os médicos observaram a morte de células
cancerosas do esôfago.
Depressão - A
ingestão da iguaria aumenta a liberação de noradrenalina e adrenalina,
responsáveis pelo nosso estado de alerta, que está associado também à melhora
do ânimo em pessoas deprimidas.
Enxaqueca - Provoca a
liberação de endorfinas, analgésicos naturais potentes, que atenuam a dor.
Esquistossomose - A
cubebina, extraída de um tipo de pimenta asiática, foi usada em uma substância
semi-sintética por cientistas da Universidade de Franca e da Universidade de
São Paulo. Depois do tratamento (que tem baixa toxicidade e, por isso, é mais seguro),
a doença em cobaias foi eliminada.
Feridas abertas - É
anti-séptica, analgésica, cicatrizante e anti-hemorrágica quando o seu pó é
colocado diretamente sobre a pele machucada.
Gripes e resfriados -
Tanto para o tratamento quanto para a prevenção dessas doenças, é comum
recomendar a ingestão de uma pequena pimenta malagueta por dia, como se fosse
uma pílula.
Hemorróidas - A
capsaicina tem poder cicatrizante e já existem remédios com pimenta para uso
tópico.
Infecções - O
alimento combate as bactérias, já que tem poder bacteriostático e bactericida,
e não prejudica o sistema de defesa. Pelo contrário, até estimula a recuperação
imunológica.
Males do coração - A
pimenta caiena tem sido apontada como capaz de interromper um ataque cardíaco
em 30 segundos. Ela contém componentes anticoagulantes que ajudam na
desobstrução dos vasos sanguíneos e ativam a circulação arterial.
Obesidade - Consumida
nas refeições, ela estimula o organismo a diminuir o apetite nas seguintes. Um
estudo revelou que a pimenta derrete os estoques de energia acumulados em forma
de gordura corporal. Além disso, aumenta a temperatura (termogênese) e, para
dissipá-la, o organismo gasta mais calorias. As pesquisas indicam que cada
grama queima 45 calorias.
Pressão alta - Como
tem propriedades vasodilatadoras, ajuda a regularizar a pressão arterial.
Reumatismo, artrite e
artrose - Recomenda-se a aplicação de compressas quentes ou frias nas
articulações, feitas com 250 gramas de pimenta vermelha socada e misturada a
uma pasta de purê de inhame. Use uma vez ao dia até a melhora.
No próximo post irei
deixar alguns tipos de pimentas.
Um abraço do Gordo!!!
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